exhibition 2010
exhibition desenha uma coreografia de gestos estratégicos e políticos, trazendo para primeiro plano os movimentos de construção, distribuição e agenciamento de uma obra. O projeto problematiza a relação de forças e interesses que constituem o sistema da arte, dando visibilidade aos agentes deste sistema: o artista, o crítico, o curador, o espaço destinado à arte (instituição, museu, teatro, a galeria), o público, a mídia.
Camadas que tendem a permanecer ocultas aparecem e as convenções do sistema artístico são sublinhadas através de elementos de legitimação de um projeto artístico: a exibição em contexto internacional, as críticas em jornais, a entrevista com o crítico, o depoimento do curador, o coquetel, as imagens atraentes, os produtos vinculados ao trabalho , a presença da logomarca dos patrocínios e apoios.
exhibition fabrica um “produto de sucesso” ao ficcionar um espetáculo, no sentido atribuído pelo filósofo Guy Debord: a representação que toma conta da vida cotidiana, a aparência que determina o que merece ser visto, as relações humanas mediadas por imagens.